Índice

Poética

Declive com evidências

A poesia é uma arma
cagada de futuro. 
Fuches tu, fuches tu,
o que a fuches cagar ao palleiro; 
fuches tu, fuches tu,, 
que aínda levas os versos no cu*.

[su_rotacion grados=”-45″ margeninferior=”95″ audio=”1″]o ruído elástico dos pombos a voar   [/su_rotacion]

emoticono bomba

Banda sonora ♦♦

A Poesia morreu, longa vida à Poesia.
LAWRENCE FERLINGHETTI

 

* (Foste tu, foste tu, foste tu, / quem a foi cagar ao palheiro; / foste tu, foste tu, foste tu, / que ainda levas os versos no cu).

11

Excelência

A poesia é um género
tão sublime
que não acha leitores
para tanta grandeza.

[su_rotacion grados=”25″]que acha leitores não[/su_rotacion]
[su_rotacion grados=”45″]tanta para grandeza[/su_rotacion]

♦♦

[su_rotacion audio=”1″]Dois versos resultaram feridos
num ciberatentado com poebomba.  [/su_rotacion]

bomba

 

evil

A ironia ensina a sabotar uma frase
GONÇALO M. TAVARES

 

12

Incógnita

Era poeta mas não sabia explicar
os seus livros.
Ninguém chegou a saber se carecia
de discurso ou considerava que a espécie
não deve recrear-se
nas miúdezas do mundano.

:-#

[su_rotacion audio=”1″ grados=”-45″]o ruído elástico dos pombos a voar [/su_rotacion]

 

13

Motivos

Escrevo poemas por prazer.
Escrevo poemas com prazer.
Escrevo poemas por comparecer
a um dos que também
sou
eu.

[su_relacion pagina=”78″ ]Completar com o poema da página 78[/su_relacion] [su_rotacion grados=”25″ margen=”64″ margeninferior=”0″]Não posses ler só um!![/su_rotacion] [su_rotacion audio=”1″ grados=”25″ margen=”0″]sugarfree poetrygum! [/su_rotacion]

Soy un escritor deleznable
pienso en la literatura
soy un pequeño burgués
las directivas
no puedo obedecer

SAÚL YURKIEVICH

[su_relacion pagina=”48″]Completar cita com o poema da página 48 [/su_relacion]

[su_relacion pagina=”73″]Completar cita com o poema da página 73 [/su_relacion]

 

14

Cometidos

Para que é que serve a poesia,
perguntam-me levantando
a mão no ar com decisão
entre outros adolescentes.
Fico calado durante uns instantes,
contrariado e dubitativo.
É a pergunta mais estúpida
de todas quantas me fizeram.
–Para que tu possas perguntar-mo
e eu tenha
que pensá-lo–,
respondo-lhe sentindo
esse alívio
que produz
uma mijada urgente.

[su_rotacion grados=”-45″ margeninferior=”95″]Você não pode imaginar o que a poesia pode fazer por você![/su_rotacion]

A poesia…

Poeta: problemas de
enurese com os versos?
Ligue 601.666.999

15

Poeta vazio

A verdadeira poesia é
aquela que fala dos sentimentos,
disse sentindo-se auténtico.
E, com as suas palavras,
esvaziou-me
de conteúdos.

(Diagnóstico: incapacidade sensitiva permanente)

Sentimentos

 

[su_rotacion audio=”2″ grados=”15″]sugarfree poetrygum [/su_rotacion]

[su_rotacion audio=”1″ grados=”-25″]o ruído elástico dos pombos a voar [/su_rotacion]

 

16

Identidade

[su_rotacion grados=”25″]QUIXERA ALZAR O MEU POEMA COMA UN PUÑO…[/su_rotacion]

A poesia,
mas o que é a poesia.
Mais de uma insegura resposta
deu-se a essa pergunta.
E eu não sei, e sigo sem saber, e a isto me agarro
como a um oportuno corrimão.
W. SZYMBORSKA

?

♦♦

Poeta desempregado oferece-se para escrever versos.

17

Apetência

Não posso escrever
os versos mais sérios esta noite;
escrever, por exemplo,
a poesia anda perplexa e
cavalga o desconcerto
no traço da tua/minha mão.
Só quero escrever
de nada.
Isso é tudo.
Não posso, é certo,
mas talvez os escreva.
Embora se ponha tão grandiloqüente
a poesia e tão enorme o vacio
que a minha alma se contente
com saber que escrevo.

A P. N., claro

[su_rotacion grados=”15″]COMO HEI VIVIR MAÑÁ SEN A LUZ TÚA? *[/su_rotacion]

[su_relacion pagina=”53″]* [Citação da página 53 desprazada em ciberatentado com poebomba][/su_relacion]

18

Perdurabilidade

Se escrevesse um poema
no tempo
em que é capaz de resistir
uma mosca
debaixo d’água,
a minha obra
teria a resistência do cosmos
mas entraria na categoria
das coisas molestas.

 

[su_rotacion audio=”1″ grados=”-45″]p o e m o s c a[/su_rotacion]
19

Conditio sine qua non

O poeta e último Premio Cervantes, Antonio Gamoneda, defendeu hoje o carácter minoritário da poesia, já que, na sua opinião, trata-se de uma condição que garante, a diferença doutros géneros literários como a narrativa, que «não tenha que obedecer as leis de mercado e possa ser livre».

http://www.elmundo.es/elmundo/2006/12/02/cultura/1165078003.html

[su_rotacion grados=”-45″ margen=”15″]libertad, libertad, sin ira libertad
guárdate tu miedo y tu ira
porque hay libertad, sin ira libertad[/su_rotacion]

nota-musical

Quando libertamos a narrativa?  

Mãos à obra, narradores do mundo!

20

A salvo

Não temos lector@s e por isso
estamos a salvo das tentações do mundo.
Fechai, por favor, as portas
da poesia.
Que não nos vejam os inimigos.
Na linha do horizonte somos
un diminuto punto
invisível
de silêncio.
Somos um ouriço
que sabe proteger-se.
O câmbio climático poderá
destruir o mundo, mas
@s poetas sempre
ficamos a salvo.
Sobrevivemos.
Sobrevivemos.

S
o
b
e
v
v
e
m
o
s
21

Dúvida

A poesia é conhecimento,
digo em público.
E quanto mais escrevo
menos certezas tenho.

[su_rotacion grados=”15″ margen=”15″]Think different[/su_rotacion]

uneasy

certezas
certezas

certezas
certezas
certezas
certezas
certezas
certezas
certezas
certezas
certezas

certezas
certezas
certezas
certezas
certezas
certezas
certezas
certezas

Ver Subversións, página 177

♦♦ Contradictio

22

Erótica

A erótica da poesia
seduz-me.
Por isso quase sempre
escrevo
armado.
Mas nunca tenho um orgasmo.

[su_rotacion audio=”1″ grados=”-15″ margen=”55″]o ruído elástico dos pombos a voar [/su_rotacion]

Problemas de virilidade?

Ligue 601.666.999

 

23

Madureza

Verde que te quero verde
FEDERICO GARCÍA LORCA

Advirto
que a madureza
enche
os meus poemas
com o pouso
resabido,
cético
e ácido
da ironia e
no entanto
preferiria
a insultante
inconsciência
do poema
ainda verde.

[su_rotacion audio=”1″ grados=”15″]sugarfree poetrygum [/su_rotacion]

24

Subpoética

[su_rotacion alinear=”right” audio=”2″ grados=”15″]O bom sabe bem! [/su_rotacion]

O que mais me inspira
é o recendo concentrado
que desprendem os teus versos.
Cheiro-os, aspiro-os, lambo-os
suavemente e releio-os,
masturbando-me
acompanhado de um poema
escrito pela tua mão.
Nunca vi versos tão tangíveis
e con tanta [su_rotacion audio=”1″]alegria de viver. [/su_rotacion]

corpo

OS POETAS DA RUA

Corro
polo teu corpo.
Viaxo
sen sentido.

LUPE GÓMEZ

Grabo versos de colores fríos en tu piel
ELENA MEDEL

 

25

Crítica

O livro não toca
os grandes temas
da poesia
nem pertence
à alta literatura,
escreveram numa crítica
sobre o seu último poemário
na secção mais sublime
de uma revista ilustrada.
Desde aquele dia, cada vez
que elege o tema
dos poemas,
põe à sua beira
a cinta métrica,
apalpa-lhes a altura
calculando com os dedos,

[su_rotacion grados=”-15″ margen=”15″ margeninferior=”40″]e mide cada um[/su_rotacion] [su_rotacion grados=”15″ margen=”0″]para decidir-se sempre pelos[/su_rotacion] [su_rotacion grados=”-15″ margen=”10″ margenizquierdo=”90″]mais grandes.[/su_rotacion]
[su_rotacion audio=”1″]Três versos resultaram feridos
num ciberatentado com poebomba. [/su_rotacion]

bomba

 

26

Fracasso

Onde cheira a merda, cheira a existência
ANTONIN ARTAUD

Quando não me saem
os poemas
lembro
os momentos
em que estou
espremido.
Por mais força
que faça
só consigo
que saia um delicado
fio de merda.

-:-)

[su_rotacion audio=”1″ grados=”-45″]o ruído elástico dos pombos a voar [/su_rotacion]

27

Conto A

Havia um poeta muito pequenino que escreveu um verso
e chegou um poeta pequenino que o reescreveu
e chegou un poeta pequeno que o reescreveu
e chegou um poeta mediano que o reescreveu
e chegou um poeta óptimo que o reescreveu
e chegou um poeta grande que o reescreveu
e chegou um poeta muito grande que o reescreveu
e chegou um poeta enorme que o reescreveu
e chegou o Grande Poeta que o reescreveu
e quando o terminou, com o esforzo, desintegrou-se
porque era uma criação virtual
e em realidade também era um poeta
muito pequenino
e se esta história te parece curta
voltaremos voltaremos a começar.

nota-musical
28

Conto B

Havia um poeta muito pequenino que escreveu um verso
e chegou um poeta pequenino que o reescreveu
e chegou un poeta pequeno que o reescreveu
e chegou um poeta mediano que o reescreveu
e chegou um poeta óptimo que o reescreveu
e chegou um poeta grande que o reescreveu
e chegou um poeta muito grande que o reescreveu
e chegou um poeta enorme que o reescreveu
e chegou o Grande Poeta que o reescreveu
e quando esta história estava prestes
a voltar, a voltar a iniciar
chegou uma poeta que escreveu
um poema novo.

[su_rotacion audio=”1″ grados=”15″]O segredo está na massa [/su_rotacion]

29

Conjugação

O eu
e o um
são duas manifestações de um
mesmo poeta.
O tu e o ele
são dois disfarces
de um mesmo poeta.
O nós são varias grandiloqüenças
de um mesmo Poeta.

Qual é a mais arrepiante das coisas arrepiantes?
Um grandiloqüente que quere mostrar-se relaxado

GOETHE

[su_enlace_poetico][/su_enlace_poetico]Ligação poética

30

Escala de valores para poetas (malditismo)

_________
Entre 35 e 55,5 pontos: você é um verdadeiro poeta (poeta maldito)
Entre 10 e 35 pontos: você é um poeta
Entre 0,5 e 10 pontos: você escreve poesia

[su_rotacion margen=”0″ margenderecho=”10″ margeninferior=”0″ grados=”15″]Just do it![/su_rotacion]

 

[su_relacion pagina=”45″]Ver a citação na página 45[/su_relacion]

Ver Transición, página 74

31

Do you think?

Do you think I’m sexy?
Do you think I’m poetic?

-:-)

[su_rotacion audio=”-” grados=”-90″]http://www.youtube.com/watch?v=Hphwfq1wLJs[/su_rotacion]

Mi madre dice: escribes y no ganas ningún premio.
No puedo prostituir el valor de lo poético,
la relación atroz que tiene con el dolor,
con lo mágico, lo terrible.

MARCELO MORALES

Há algum rebelde com causa?
[su_relacion pagina=”38″]Ver possível solução na citação da página 38[/su_relacion]

—Gosto muito desse poema teu que não diz nada.
—Qual?

32

Didática dos aplausos /Natação

plas
plas plas
plas plas plas
plas plas plas plas
plas plas plas
plas plas
plas
pl
p
[su_rotacion margenizauierdo=”0″ alinear=”none” audio=”1″] [/su_rotacion]

e afogou

o poeta

♦♦

33

A poesia e nós

De: mantonio@navybar.net
Para: SOS@sos.com
Asunto: A poesia e nós

Fomos
ficando
sós.
Os versos.
Ficando.
Os poetas.
Ficando
Nós.
Ficando.
Ficando.
Ficando.
S.O.S.

http://vimeo.com/68523666

Ver Persianas, pedramol e outros nervios, página 61

[su_rotacion audio=”1″]Prognóstico do tempo: anuncia-se uma
ciclogénese explosiva para esta fim de semana.  [/su_rotacion]

34

Poética Feng Shui

Poesia da acalmação
O poço dos sonhos

Silêncio

Energia

Equilíbrio

Orientação

Espaço

Harmonia

Poética Feng Shui

A dimensão mais pura da poesia

[su_rotacion audio=”1″]

Nota: sugarfree poetrygum.  [/su_rotacion]

[su_lettering estilo=”onda”]

Não deixe de prová-la!![/su_lettering]

Evitar o poema da página 89 de Tortillas para os obreiros

35

A flor da poesia

a flor da poesia renasce da crise bancária

[su_relacion pagina=”79″]ligação: 79[/su_relacion]

36

A flor da ironia

a flor da ironia renasce da crise poética

[su_relacion pagina=”79″]ligação: 79[/su_relacion]

37

Ao caduco modo petrarquesco

Gentil lírica minha, vejo no movimento
dos vossos versos a doçura do lume
que me ensina o caminho que ao céu conduz;
e quero, como eterno costume,
onde unicamente a Poesia é a minha companhia,
que o meu coração sobre vós se debruce.

Rebelde com causa

«Quando se pertence á poesia, a esse escândalo quase amoral da poesia, toda a gente admira os malditos»

http://www.xornal.com/artigo/2010/01/17/suplementos/contexto/carlos-oroza-poesia-no-vocacion-fatalidad-escoge-victimas/2010011700461400203.html
[su_relacion pagina=”32″]Completar com a instalação poética da página 32[/su_relacion]
38

Investigação

[su_rotacion audio=”1″ margeninferior=”100″ grados=”-45″]o ruído elástico dos pombos a voar    [/su_rotacion]

—Isabel –perguntei-lhe–,
sabe se os polifenois das uvas
producem efeitos retardantes
sobre a oxidação da poesia?
—Estamos a estudar
    –respondeu-me contundente–
se a inibição pode proceder
dos compostos fenólicos
dos próprios
poetas.

http://museodomar.xunta.es/gl/explora/290/neuston-experimento-1-explorando-a-interface?pg=2

http://www.xerais.es/libro.php?id=2798003

39

A poesia é um balão

biodegradado.

[su_relacion pagina=”49″]Completar com o poema da página 49 [/su_relacion]
♦♦
40

Fidelidade

Fidelidade? –disse-lhe ela
com um beijo–.
Eu só
sou fiel a mim mesma.
À poesia,
também não.

Poeta desempregado oferece-se para escrever versos.

[su_relacion pagina=”71″]Completar com a citação da página 71[/su_relacion]

41

Somnífero

es a ilusión con que te creo
MARÍA XOSÉ QUEIZÁN

A poesia
não produz.
Engana.
Autodeleita
a quem a escreve.

Escribir é unha fraude.
DAVID RODRÍGUEZ

[su_relacion pagina=”84″]Confrontar com os poemas da página 84[/su_relacion]

 

42

Hipocrisia

A poesia esconde
no seu sangue
a palavra hipócrita
dos padres pedófilos;
é velha, brincalhona,
pançuda
e está corrupta
desde
o primeiro
até o
último
verso
de deus e do caralho.

http://franalonso.blogspot.com.es/2014/01/a-xeito-de-poema-pornografico.html

Pero que son os poetas?
Coñezo xente que escribe versos e recita versos
e se chaman poetas,
pero eu na vida escribín senón sangue,
nin recitei nada
que antes non se untase en cuspe
ANTÓN LOPO

[su_relacion pagina=”84″]Confrontar com os poemas da página 84[/su_relacion]
43

Cantiga

[su_rotacion grados=”15″]…E PÓR NA MIÑA VOZ O SEU VERSO ERGUEITO…[/su_rotacion]

atento contento com tanto poeta
atento com tanto poeta contento
atento poeta com tanto contento
poeta contento com tanto atento
poeta contento com tanto atento
poeta contento com tanto atento
Ai Deus, e se contentará?

 

 

question

44

Estes poemas são…

para os poetas, para as poetas, para os críticos, para as críticas, para @s hackers,

[su_circulo_con_texto alinear=”right”]It´s the Real Thing[/su_circulo_con_texto]

e para nada, para ninguém, para nós, para os algoritmos, para os ciberokupas, para os ciberjornalistas, para os ciborg, para os consumistas, para os crackers, para os cybergoth, para os cyberpunk, para os hackers, para os hiperactivos, para os hipermercados, para os histriónicos, para os informáticos, para os metabuscadores, para os metapoetas, para os modernos, para os poetisos, para os políticos, para os prácticos, para os pragmáticos, para os programadores, para os publicistas, para os robots, para os técnicos, para os tecnócratas, para os tecnólogos, para os teóricos, para os top-model, para os twitteiros, para os usuarios, para os wikipedas, para obama, para osama,

Nota: abster-se os ignorantes, feridos, duros, imbélices e escuros

(Texto hierarquizado pelo processador de texto word, em sentido descendente e a partir da categoria de parágrafos e com manipulação puntual de tipo obama)

[

♦♦

No es más hondo el poeta en su oscuro subsuelo.
RAFAEL ALBERTI*

[su_rotacion audio=”1″]Uma citação resultou ferida  num
ciberatentado com poebomba.
bomba[/su_rotacion]

[su_relacion pagina=”31″]*[Citação correpondente à página 31][/su_relacion]

45

Há poetas que escrevem um dia

Um poeta escreve desenhando malabarismos ao longo de uma linha reta traçada no ar.

Outro poeta escreve brincando de uma margem à outra da mesma linha reta e na mesma direção, mas tentando não tocá-la.

Abaixo, o cimento.

[su_rotacion  margen=”58″ margenizquierdo=”140″ alinear=”right” grados=”-35″]esses são os imprescindíveis
os imprescindíveis
os imprescindíveis
os imprescindíveis
os imprescindíveis
os imprescindíveis
os imprescindíveis
os imprescindíveis
os imprescindíveis
os imprescindíveis
os imprescindíveis
os imprescindíveis
os imprescindíveis
os imprescindíveis
os imprescindíveis
—Quais? [/su_rotacion]

46

A poesia na Bíblia

Quem tenha a verdade poética
que atire o último verso.

E ainda que Deus quis vestir-te com panos de matéria, o Espírito elevou tão alto o teu coração, até arrobar-te eternamente em êxtase.
ALDA MERINI

http://www.youtube.com/watch?v=hI5xOZAJFIA

47

Poeta nacional

[su_rotacion grados=”15″]Atenção, zona hacker![/su_rotacion]

Dispôs os poetas
no cenario,
contou-os
sinalando com o dedo, e
disse:
—Um poeta nacional,
quantos versos tira mal?

E o eligido contestou:
—Dez.
—1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10.
Expulsado..

 

[su_relacion pagina=”14″] Completar com a citação da página 14 [/su_relacion]

48

Sortes

O O poema caiu
num poço.
Com os versos fizeram fuá.
Arremato piti poto
Arremato piti pa
a salvo quero estar.

[su_rotacion audio=”1″ grados=”-45″]o ruído elástico dos pombos a voar [/su_rotacion]

♦♦

[su_relacion pagina=”40″]Poema em relação com o da página 40[/su_relacion]

 

49

Vazamento de água

[su_rotacion grados=”15″]Atenção, zona hacker![/su_rotacion]

A poesia é
como a democracia,
acusa vazamento de água
mas não tem
alternativas.

A política é viscosa
A política é viscosa
A política é viscosa
A política é viscosa
A política é viscosa
A política é viscosa
A política é viscosa
A política é viscosa
A política é viscosa
A poesía é

[su_enlace_poetico][/su_enlace_poetico]Ligação poética

 

50

Gastropoesia

no me ensucie las palabras
no les quite su sabor
y límpiese bien la boca
si dice revolución.

MARIO BENEDETTI

Escreva-se o esboço do poema.
Adube-se com recursos.
Bata-se contra o coração.
Deixe-se levedar o tempo de um suspiro.
Polvilhe-se com duas pingas poecrème.
Deixe-se repousar.
Deite-se sobre um leito de versos brancos.
Sirva-se morno e cremoso,
com retro gosto brûlé.
Saboreie-se.
Essência poética em estado puro.

Poesia Crème Express!

[su_rotacion grados=”-25″]PARA O TEU POEMA ÚNICO
TESTA A FÓRMULA![/su_rotacion] ♦♦

51

Optimização

Pós-modernismo,
o verso que limpa mais limpo.
Compra-o.

♦♦

Poeta desempregado oferece-se para escrever versos
em qualquer estilo

 

52

Poética do (meu) silêncio

Non falo para os ruís e poderosos
C. E. FERREIRO

Nem pronuncio nem me pronuncio. 
Para quem escrevemos @s poetas galeg@s de agora?
Silêncio silente silandeiro amor
daçãdo.
Para quem recitamos @s poetas galeg@s de agora?
O ruído do meu tempo enmudeceu_me
n/a minha lingua.
Escrevemos e quando escrevemos parece que estamos S.O.S.
Recitamos e quando recitamos parece que estamos S.O.S.
Silêncio silente silandeiro amor
daçãdo.
Aínda bem que tivemos a Pondal!
Aínda bem que tivemos a Pondal!
Escrevemos e só ficam poetas.
Recitamos e só ficam poetas.

poetas*

*Nota: Detectam-se versos perdidos 

[su_relacion pagina=”83″]Confrontar com a instalação poética da página 83[/su_relacion]

Os meus versos de mocidade e de morte
–os meus versos, que ninguém le!–,

no po dos andeis dispersos
–que nenhuma mão toca!–

MARINA TSVIETÁIEVA

♦♦ Escutar «Galegonía»
54

Extrato de vendas (best-sellers)

Título [romance]

Os sonhos do vampiro
Crepúsculo
O alquimista
Os pilares da terra

Título [poesia]

Poemas malditos
Poétic@
Brisas do coração

Exemplares

70.000.001
70.000.000
50.050.505
5.467.879

Exemplares

222
99
67

Conhece a poética de Second Life??
15 milhões de pessoas registadas.
Entre no metaverso.
http://secondlife.com

55

REP

PPP
OOOOOO
EEEEEEE
SSSSSSSSSS
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
AAAAAA
AAAAAA
AAAAAA
AAAAA
AAAA
AAAA
AAAA
AAA
AAA
AAA

morreu no dia de hoje tendo recibido os Santos Sacramentos,
longa vida á poesia.
R.E.P.

[su_rotacion grados=”-15″ audio=”1″]A poesia deste livro resultou ferida
num ciberatentado suicida com poebomba.  [/su_rotacion]

bomba

56

Interseção?

[su_texto_especial_centrado]

p
o
e
t
p o e m a

[/su_texto_especial_centrado]

Ah! onde começa um poema 
e onde acaba?
JOAN BROSSA

Solução:
—Na vertical!

[su_rotacion margen=”0″ margenderecho=”10″ margeninferior=”0″ audio=”1″][/su_rotacion]

♦♦

57

Autopoética

eu es
eu es tou
eu es tou na
eu es tou na ra
eu es tou na ra zão
au to a fir ma ção
au
[su_margen_izquierdo m_izqdo=”10″]to[/su_margen_izquierdo] [su_margen_izquierdo m_izqdo=”13″]po[/su_margen_izquierdo] [su_margen_izquierdo m_izqdo=”16″]é[/su_margen_izquierdo] [su_margen_izquierdo m_izqdo=”19″]ti[/su_margen_izquierdo] [su_margen_izquierdo m_izqdo=”22″]ca[/su_margen_izquierdo]

[su_rotacion audio=”1″ grados=”-45″ margeninferior=”75″]o ruído elástico dos pombos a voar    [/su_rotacion]
♦♦ ♦♦

 

A poesia é algo assim em algumas pessoas durante um
certo tempo algo no interior
Não tem nada a ver com nadaa

RYSZARD KAPUSCINSKI

[su_relacion pagina=”75″]Completar com o poema da página 75[/su_relacion]

58

Sentenças

Nicholas Roerich disse
onde há paz há cultura
onde há cultura há paz. 

Um poeta disse
a poesia também é utopia.

[su_relacion pagina=”83″] Completar com a instalação poética da página 83[/su_relacion]
♦♦ Contradictio
60

Teoría do banal

Completar com as citações das páginas 58 e 65

Nadasilêncioninguém

[su_desaparecer_poema]

Dentro do nada só
há tempo,
congelado.
A voz é tempo.
O pensamento é tempo.
A vida, an ocean time.
A morte, tempo detido.
Death is time,
silêncio, que também é tempo.
Seria possível o nada
sem o tempo ou
já não seria nada?

[/su_desaparecer_poema]
[su_desaparecer_poema alinear=”right”]POEMA
Cuando ya no nos queda nada,
el vacio de no quedar
podría ser al cabo inútil y perfecto.
JOSÉ ÁNGEL VALENTE[/su_desaparecer_poema]

[su_enlace_poetico][/su_enlace_poetico]Ligação poética

65

Perseguição

Com indiferença,
reconheço
a minha sombra
no prazer
da banalidade.

banal
66

Gostas da poesia?

[Sortes]

margarita pax 67

não

sim

não

sim

não

sim

não

sim

não é?

[su_rotacion audio=”1″ grados=”-25″]o prazer da poesia  [/su_rotacion]

[Ou tamén «Poema do sim e do não»]

67

A boca seca

boca boca
cabo cabo cabo cabo cabo cabo cabo cabo cabo cabo
bocaboca
boca a boca                                                gatopoetaOH
aboca a boca
abocaboca
abocaaboca
abocaseca
a boca seca
poeta

con las palabras vaciadas ¿que hacemos?
¿las damos que nos las llenen
o las rellenamos?
SAÚL YURKIEVICH

Ver Transición, página 49.

68

Razões

Eu não escrevo
sonetos
porque
sou
neto
dum
soneto.

♦♦
69

Sinônimos

Ele sempre foi um poeta
maldito.
Desculpe, está
mal dito:
Ele sempre foi
um poeta.

[su_rotacion audio=”1″ grados=”-45″]o ruído elástico dos pombos a voar    [/su_rotacion]

neutral

70

Negação da banalidade

Que livro gostarias de escrever que ainda não tenhas escrito?
—Gostaria de tratar, num ensaio, coisas intranscendentes, essas às que a história da cultura ou do pensamento não lhe prestam atenção, mas que estão no quotidiano da nossa vida diária e que, definitivamente, nos condicionam muito mais do que parece.  [su_rotacion audio=”1″]

Atlántico Diario, 19/10/08, Entrevista a F. Alonso, por Manuel Vidal Villaverde
http://noticiasdefranalonso.blogspot.com.es/2008/10/fran-alonso-gustariame-abordar-nun.html

Qualquer tentação pode afastar-me deste ofício do verso
W.B. YEATS

[su_relacion pagina=”41″]Citação relacionada com o poema da página 41[/su_relacion]

71

Eu agora sou poeta

EU Agora sim que sou poeta.

[su_rotacion margen=”0″ margenizquierdo=”10″ margenderecho=”10″ margeninferior=”0″ grados=”-15″]Onde vai, triunfa[/su_rotacion]

star

Si clamáis, se oye como el rugir del león.
RUBÉN DARÍO

72

Fura-greve

Sou um puto poeta
corrompido
pelo mercado.
Sou um puto poeta
corrompido
pelo tempo.
Outros decidem por mim.
Escrevo às ordens
millionárias da industria selvagem
numa potentíssima
língua menorizada.
Não tenho dignidade.
Por isso,
apresento a minha demissão.
A minha demissão, poetas.

Vénde-se livro de poemas, quase terminado, polido,
com citações, 73 páginas, 3.600 euros.


[su_relacion pagina=”14″]Completar com a citação da página 15[/su_relacion]

♦♦

73

Tradição literaria

[su_rotacion grados=”15″]Nem se move, nem se nota, nem traspasa [/su_rotacion]

Com o frio põe-se-me
pequena
e acanhada
encolhidinha, moldável e amorosa
como uma minhoca perante a morte.
Nessa posição, indefensa,
gosto de acariciá-la,
sentir o seu tacto,
as suas cartilagens gelatinosas
abeiradas entre as mãos
até que, pouco a pouco,
com o calor do sangue,
recobra a força indomesticável
e aborrecida
que a predispõe
para o sexo.
Para o verso.

Louvre_Paris

[su_rotacion grados=”-15″]Move-se, nota-se, traspassa [/su_rotacion]

74

Autopoética (II)

Que por que onde quem
escrevo quando
como
assim que escrevo com a boca
cheia.

[su_rotacion audio=”2″ grados=”15″]Gostas de escrever?  [/su_rotacion]

A um leitor: Não te fíes do poema,
filho da ausência,
nem é intuição
nem é pensamento,
é o latido do abismo.
MAHMUD DARWIX

[su_rotacion audio=”1″ grados=”0″]sugarfree poetrygum [/su_rotacion]

[su_relacion pagina=”58″]Completar com o poema da página 58[/su_relacion]
75

Insolvência

(pobreza léxica)

A minha poesia
tem menos palavras

por falta de cobrança.

♦♦ 1.000 mg (Iolanda Zúñiga)

♦♦

 [su_enlace_poetico]Ligação poética

Vénde-se livro de poemas, quase terminado, polido,
com citações, 76 páginas, 4.000 euros.

76

Conversação

 

Os poemas não devem começar e acabar num mesmo. O autor é um mediador (…). Deve ser humilde e permeável, deixar que o mare- magnum das possibilidades criativas o supere, (…) deve ceder o lugar de poeta às vozes do seu contorno, a polifonia é necessária à hora de dinamizar a criatividade.
ELIAS KNÖRR

Depois de uma tarde a escrever poemas
meto-me no duche
e só sinto
a estancar-se no umbigo a água morna que vem
da tubagem.
LUISA CASTRO 

Que se precisa para ser poeta?
Por acima de tudo há que ser muito pouca coisa. Ser tão pouca coisa que sejas capaz de dizer «eu», que não te envergonhes de dizer «eu». Toda a poesia está fundamentada no eu, no sentimento, nas impressões, na sen- sibilidade individual, e isso é algo que a sociedade tende a limitar, por- que é a sua função, e na arte tem que se expandir. Um poeta não pode ser poeta se não diz «eu».

Entrevista a L. CASTRO, por Belén Fortes en The Barcelona Review: http://www.barcelonareview.com/31/s_lc_ent.htm

77

Eu

[su_relacion pagina=”14″]Confrontar com o poema da página 14[/su_relacion]

Confesso que não me sinto só.
Sei que eu sou vários eus,
que me compõem,
partilhando
saudades.
E todos lutamos por fazer-nos
um lugar.

[su_rotacion grados=”15″]Um dos meus eus apresenta a sua demissão. Não quer ser poeta.[/su_rotacion]

[su_rotacion grados=”-15″]E volta á casa no Natal.[/su_rotacion]

O eu dum poeta (psicologia?) é uma secção: não substitui, não transporta, não muda o sentido.
CHUS PATO

78

Crise

O eu
morr eu?
a poesia
ia ia ia ia ia ia ia ia ia ia
ia ia ia ia ia iva iva iva iva iva iva iva
que aumenta em tempos de crise
voltou?

(It’s a revival)

I’m death?

Confrontar poemas das páginas [su_relacion pagina=”36″]36[/su_relacion] e [su_relacion pagina=”37″]37[/su_relacion]

79

Dilema

E se sou poeta,
quando lavo os pratos?

[su_rotacion grados=”-45″]I’m a full-time poet[/su_rotacion]

Ser poeta
limita o potencial pleno de um.

GREGORY CORSO

80

Sexismo

Isa é poeta
e por isso é poetisa.
Iso é poeta
e por isso não é poetiso.
A poesia
também
é
isso.

 

 

 

 

♦♦

♦♦

♦♦

81

Poética da política

Posso prometer
e
prometo
ou
não é um interlocutor
válido
a poesia 
nos orçamentos gerais do Estado. [su_enlace_poetico][/su_enlace_poetico]

[su_rotacion audio=”1″ grados=”-25″]o ruído elástico dos pombos a voar [/su_rotacion]

[su_rotacion margen=”0″ margeninferior=”21″ audio=”2″ class=”mar”] microfono22   Poeticamente político [/su_rotacion]

 

82

Política da poética*

«Há uma poesia que atua como fundamento das pátrias e sem a qual não poderiamos entender o ódio», aponta o pensador esloveno Slavoj Zizek (Liubliana, 1949). Por isso, propõe: «Precisamos de controlar a poesia, após cada limpeza étnica há um poeta».

El PAÍS: «Por trás da cada limpeza étnica há um poeta»

[su_rotacion audio=”1″ grados=”25″]o ruído elástico dos pombos a voar  [/su_rotacion]

[su_rotacion audio=”1″ grados=”-25″]o ruído elástico dos pombos a voar  [/su_rotacion]

* Política da Opinião

[su_rotacion audio=”1″ grados=”0″]o ruído elástico dos pombos a voar  [/su_rotacion] [su_rotacion audio=”1″ grados=”0″]o ruído elástico dos pombos a voar  [/su_rotacion] [su_rotacion audio=”1″ grados=”0″]o ruído elástico dos pombos a voar  [/su_rotacion] [su_rotacion audio=”1″ grados=”0″]o ruído elástico dos pombos a voar  [/su_rotacion]

[su_relacion pagina=”54″]Completar com a instalação poética da página 54[/su_relacion]
[su_relacion pagina=”60″]Completar com o poema da página 60[/su_relacion]
83

Ninguém

[su_rotacion audio=”1″ grados=”25″]…PERO NON HAI NINGUÉN PARA ESCOITARME.  [/su_rotacion]

[su_enlace_poetico][/su_enlace_poetico]

nota-musical [su_rotacion alinear=”left” audio=”0″ grados=”-90″]Em cada palavra arrisco-me a existência
MIQUEL MARTÍ I POL[/su_rotacion]


Aqui te deixo, meu peito cansado, aqui
te deixo,
aqui te deixo neste branco papel trilhado, neste
percurso das horas.
MARÍA MARIÑO

♦♦

[su_relacion pagina=”42, 43″]Confrontar com os poemas das páginas 42 e 43[/su_relacion]

 

84

Debate

 

As razões da poesia

LEONOR SILVESTRI
cultural@clarin.com
Audre Lorde, a poeta e ativista feminista lesbiana negra, afirma que a poesia é o género literário menos burguês porque um poema pode-se escrever mesmo entre os turnos do trabalho numa fábrica, ao contrário de um romance que requer grande quantidade de tempo ocioso.

http://www.clarin.com/suplementos/cultura/2006/12/02/u-01320044.htm

Quando a ira se espalha pelo peito
há que travar a língua lingoreteira
.
SAFO

Poeta, irmã: as palavras
mesmo se queremos ou não–
permanecem por si próprias no tempo
.
ADRIENNE RICH

85

Ciberpoesía

(citações)

♦♦

 

 

 

 

Radical or so-called innovative literary writing faces (& that means faces up to) the facts of life in the digital age.
BRUCE ANDREWS

88

Criação [literaria]

Deus é o melhor
e mais perfeito personagem
de ficção
da história da humanidade.

4 comments

anónimo said
que merda de poema.

medulio said
assim está o nível da poesia galega

unidad said
los nacionalistas sois unos irrespetuosos

lusitania said
é muito estranha, a poesia da Espanha

[su_comentarios]

 

89

Burocracia

Os seus versos
não encontraram destinatario.
O poema com asunto «auxílio»
foi devolvido pelo servidor.
Reveja o seu endereço electrónico
ou, se acredita que pode dever-se a um erro
de comunicação,
ponha-se em contacto com o seu
servidor.

 

pegada

 

90

Ironia

http://www.vazio.com

Página não encontrada

[su_rotacion audio=”1″ grados=”-25″]o ruído elástico dos pombos a voar  [/su_rotacion]

[su_rotacion alinear=”right” grados=”15″]Atenção, zona hacker! [/su_rotacion]

As nossas perdas: entre dois e oito caídos
por dia,
uma decena de feridos,
vinte casas,
cinquenta oliveiras
e ainda o defeito estrutural que
viciará o poema, o drama e o quadro.
MAHMUD DARWIX

[su_relacion pagina=”100″]Completar com a instalação poética da página 100[/su_relacion]

91

Poética do ciberactivismo?

http://www.poesia.com

Sentimo-lo,
ao cair da noite algumas páginas
abandonam discretamente
este servidor
.

* Tem a certeza de que existe este nome de domínio?
O seu registo provavelmente tenha expirado.

Atenção, zona hacker!

[su_enlace_poetico][/su_enlace_poetico]Ligação poética

 

93

Ciberpoética de nós outras

http://www.eutambemnavegar.org
Embora este navegador ofrereça atualizações, neste momento não se encontram a disposição das usuárias.
♦♦
94

Antónimos 3.0

PRAGMATISMO FEMINISTA

:–)–8

—Gosto das tuas mamas –disse-lhe ele.
A mulher ligou o bluetooth,
lançou-lhas sobre o peito
e partiu sem elas.

(Sobre Ángel González)

ECUMENISMO DO MACHO IBÉRICO

@tetero97

Difunde isto a través de RT:
( o ) ( o )
São duas formosas mamas!

95

Exclusão social

Sorry, your account has been disabled. [?]

Desativada.
Desativada.
Desativada.

Google Accounts: I’m getting a message that says ‘Sorry, your account has been disabled.’

In most cases, accounts are disabled because of a perceived violation of either the Google Terms of Service or product-specific Terms of Service.

Desativada.

[su_rotacion grados=”25″]Connecting people![/su_rotacion]

♦♦ Ligação poética
96

Traslado web

Esta tristeza que trago
Foi de vós que a recebi.
AMÁLIA RODRIGUES

A página Solitari@s não existe
ou mudou de endereço :–(
Se ignora a nova localização
e o seu coração é permeável
e depressivo prima nesta [su_rotacion audio=”1″ class=”]ligação.  [/su_rotacion]

Deseja um avatar diferente ao solicitado?

[su_rotacion grados=”-15″]Não desprecie uma oportunidade para melhorar![/su_rotacion]

97

Passagem

O meu hipertexto

[su_rotacion grados=”45″ margen=”0″]afogou-se no papel[/su_rotacion]

[su_rotacion grados=”15″] uneasy Generation Next![/su_rotacion]

♦♦

98

404 Not Found

ajo1

[su_rotacion grados=”-45″]vendo a bom preço software para reparar poemas defeituoso
vendo a bom preço software para a desconstrução poética[/su_rotacion]

[su_rotacion grados=”45″]Atenção, zona hacker![/su_rotacion]

idea

[su_relacion pagina=”91″]Completar com a instalação poética da página 91[/su_relacion]

100

Desconcerto virtual

55678,mnbvcxz´çkjhgfdsaazxcvbnm,.-+`poiuytrewq        12345678904556<z9042ñ xcvbnm
55678,mnbvcxz´çkjhgfdsaazxcvbnm,.-+`poiuytrewq        12345678904556<z9042ñ Uma para o estômago
xxcvbnm1223+-*/=7896+335588424

[su_relacion pagina=”105″  class=”giro grados180″ ][su_rotacion margen=”0″ margeninferior=”0″ margenizquierdo=”10″ margenderecho=”10″]SOLUÇÃO: Ver poema da página 105 [/su_rotacion][/su_relacion]

Gym-sberg
Eu vi os melhores
cerebros da minha geração
embutidos contra o plinto.
O LEO

 [su_rotacion audio=”1″ grados=”-25″]o ruído elástico dos pombos a voar  [/su_rotacion]

101

Tentativa de assédio

Cada vez
que tento
aproximar-me de ti,
o teu firewall
impede-me o passo.
Se queres continuar
a navegar
pela minha poética
deves mudar
a tua configuração
e fazer-te
acessível
para mim.

[su_rotacion audio=”1″ grados=”-15″]Atenção, zona hacker!   [/su_rotacion]

[su_enlace_poetico][/su_enlace_poetico]Ligação poética

 

102

Poema 3.0

ruído

ruptura    intertextualidade

desafio  conectividade/conotação   incerteza

transfronteiriço  nov@s lector@s  palabrasglobo

incrustación  ex-pressão     multimedia hiperignoto

pantallaço globalização tuiteo

WhatsApp

paradigmatic

iNversos

vinho verde

♦♦ [su_rotacion audio=”1″ grados=”15″]sugarfree poetrygum  [/su_rotacion]

Cóbreme unha espesa nube,
tal preñada de tormentas,
tal de soidás preñada
ROSALÍA DE CASTRO

103

Hoax

Assunto: Salvemos a poesia

Um vírus muito perigoso
está a encher os versos de sentimentos
está a encher os versos de revolução social
pretende equiparar os versos à liberdade
pretende equiparar os versos ao pensamento
está a usar os versos para fugir das leis do mercado
está a usar os versos para escandalizar
está a usar os versos para obter benefícios e
notoriedade.

Se não o eliminas, o vírus procederá à confusão total de conceitos n@s receptor@s

Procede da seguinte maneira:

–Faz clique no verso suspeito
–Se não o encontrares, usa a função PROCURAR; ARQUIVOS OU PASTAS.
–Uma vez localizado, envia-o ao CAIXOTE DE RECICLAGEM. A continuação prime ELIMINAR.

SALVEMOS A POESIA!!!!

POR FAVOR DIVULGA ESTA MENSAGEM

[su_relacion pagina=”107″](Ver o poema da página 107)[/su_relacion]

♦♦
104

Petitiononline

Vi as melhores mentes da minha geração abduzidas, vencidas, dedicadas, bêbadas de cocacola, arrastando-se como loucos atras das proclamações de paulo coelho na procura da felicidade, culturetas de suplemento literário extasiados no celestial deslumbramento do mercado, na fascinação dos ecrãs, dos monitores, renegando do verso dos poetas, da destreza intelectual, renunciando a si próprios, descrentes hipócritas, conformistas, merda disposta em estiva, merda por baixo e por cima, merda à direita e à esquerda. Tudo cheio de merda.

Assina contra eles:

http://www.petitioonline.com/contraamerda

Olhamos as melhores mentes da nossa geração
destruidas pelo tédio nos recitais de poesia.
LAWRENCE FERLINGHETTI

[su_relacion pagina=”101″]Completar com a citação da página 101[/su_relacion]

105

Poética*

Camuflou-se discretamente
entre os milhões de resultados

de uma pesquisa rápida.
Quis confundir-se entre eles…
…e mudou.

Gosto. Cibrán Silleiro e outros três gostam disto.

[su_facebook]

*7.010.000 resultados (0,20 segundos)

Suxestións
Poétic@ habilitou o seu historial de leituras neste livro.
Por favor, anote os poemas depois do índice.

 

106

.exe

Se encontra um poema
entitulado .exe não o leia;
faz desaparecer todos
os «es» do poemário.

[su_rotacion grados=”25″]hoax[/su_rotacion]

tongue

[su_relacion pagina=”104″](Consultar o poema da página 104)[/su_relacion]

107

Virus

[su_rotacion audio=”1″ margen=”0″ margeninferior=”0″]

st livro faz o ruído
lástico dos pombos
a voar 

[/su_rotacion]
108

Epitafio

Confissão

Y el poeta dijo al morir:
sinto deixar este mundo
sem escrever um poema profundo.

112

A morte do poeta

Este poemário
deixa-me despido
como a um internauta com webcam;
deixa-me indefenso
como a um cidadão perante a sua entidade bancária.
A minha vida como poeta
terminou.
Estou morto.

Os versos assemelham-se a um corpo
quando cai

JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA

113

Posdata

Esclarecimento

Crítico/a,
os meus versos
foram devastados
por uma ciclogénese explosiva.
Não pude fazer mais
na reconstrução
tediosa do poemário.

nota-musical

[su_rotacion grados=”-25″]Sempre teremos Paris[/su_rotacion]

Esta casa esteve dedicada à labranza e à morte.
No seu interior propagam-se as urtigas, pesam as flores sobre as madeiras atormentadas pela chuva.
ANTONIO GAMONEDA

117

Vende-se livro de poemas, extenso, totalmente terminado,
algo corrosivo, polido, com citações, 120 páginas,
8.000 euros.

 ✉
Contactar

118

FIM

The End*

* Para os entusiastas do poeta que preside a página [su_relacion pagina=”72″]72.[/su_relacion]

119

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