Teoría do banal
Nadasilêncioninguém
Ligação poética
Perseguição
Com indiferença,
reconheço
a minha sombra
no prazer
da banalidade.
Gostas da poesia?
A boca seca
boca boca
cabo cabo cabo cabo cabo cabo cabo cabo cabo cabo
bocaboca
boca a boca
aboca a boca
abocaboca
abocaaboca
abocaseca
a boca seca
poeta
con las palabras vaciadas ¿que hacemos?
¿las damos que nos las llenen
o las rellenamos?
SAÚL YURKIEVICH
Ver Transición, página 49.
Razões
Sinônimos
Ele sempre foi um poeta
maldito.
Desculpe, está
mal dito:
Ele sempre foi
um poeta.
Negação da banalidade
—Que livro gostarias de escrever que ainda não tenhas escrito?
—Gostaria de tratar, num ensaio, coisas intranscendentes, essas às que a história da cultura ou do pensamento não lhe prestam atenção, mas que estão no quotidiano da nossa vida diária e que, definitivamente, nos condicionam muito mais do que parece.
Atlántico Diario, 19/10/08, Entrevista a F. Alonso, por Manuel Vidal Villaverde
http://noticiasdefranalonso.blogspot.com.es/2008/10/fran-alonso-gustariame-abordar-nun.html
Qualquer tentação pode afastar-me deste ofício do verso
W.B. YEATS
Eu agora sou poeta
Fura-greve
Sou um puto poeta
corrompido
pelo mercado.
Sou um puto poeta
corrompido
pelo tempo.
Outros decidem por mim.
Escrevo às ordens
millionárias da industria selvagem
numa potentíssima
língua menorizada.
Não tenho dignidade.
Por isso,
apresento a minha demissão.
A minha demissão, poetas.
Vénde-se livro de poemas, quase terminado, polido,
com citações, 73 páginas, 3.600 euros.
♦♦